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Mostrando postagens de agosto, 2009

Ó Ideal,

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que estás no meu céu interior, verdade viva que faz minha alma imortal, para que tua tendência evolutiva seja realizada, para que teu nome se afirme pelo trabalho, para que tua revelação seja manifestada a cada espetáculo, a cada espetáculo concede-me a idéia criadora, que assim como ela está entendida no meu coração seja entendida no meu corpo. Ó Ideal, preserva-me dos reflexos da matéria, que eu compreenda que o sofrimento benfeitor está na origem da minha encarnação. Livra-me do desespero e que teu nome seja santificado pela minha coragem na prova. Ó Ideal, faze com que eu não diferencie o fracasso do sucesso. E perdoa a minha dificuldade de comunicação, assim como eu perdôo os que não tem ouvidos de ouvir nem olhos de ver. Ó Ideal, destrói meu orgulho, que poderia afastar-me da tua luz-guia, nutre meu devotamento, porque és, Ó Ideal, a realeza, o equilíbrio, a força da minha intuição Plinio Marcos

O Fundão

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Em boa parte de minha infância o meu “quintal” foi a praia, esta presente em mim o fascínio pelo mar, mas não era só o mar era o conjunto: o vento, o aroma, a areia, o sol, o colorido, o encontro das águas; são tantos os elementos entretanto todos se fundem no mar. Ao chegar a praia e prestes a começar a corrida em sua direção, era inevitável ouvir a expressão: “não vai no fundão”, eu não escutava. Fundão? porque não fundo, porque não dizer: fique no rasinho? creio que era para atemorizar, “não vá no Fundão” pode parecer mais apavorante e talvez (pensava eu) era essa a idéia, quem sabe no susto ou no provocar o medo, o efeito seria o de coibir qualquer tipo de iniciativa. Esta frase parece que passava por mim, e se algo dela ficasse aderente, tinha como resultado justamente o contrario, eu queria sentir o fundão, parece que lá encontrava “a contradição pesado/leve como a mais misteriosa e mais ambígua de todas as contradições”, sentia o flutuar, o limite, a força do instinto de se alto