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Mostrando postagens de 2009

O Barato do Corredor

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Tenho algo a confessar: sou um viciado ! É isso mesmo v i c i a d o !!! E se tudo correr bem volto para a produção do meu coquetel preferido, vou explicar como: ele é constituído de três ingredientes principais, ou seja, de Endorfina, Serotonina e Adrenalina. Para produzir este coquetel tenho que literalmente suar a camisa, não é para qualquer um, lamentavelmente pode soar com uma certa petulância, mas é só para os persistentes, para os guerreiros – desculpe a falta de modéstia – mas é para aqueles que são disciplinados, perseverantes, tenazes, enfim, para os Corredores de Rua. Claro que se vacilar, é um desespero só, pois, quando desiste de correr por algum deslize, a pena é terrível: tem que começar tudo de novo; 'desceu a montanha'? Sinto muito, tem que subir cada etapa novamente, não tem atalho, castigo daqueles que estavam quase no topo e desistiram. O condicionamento perde-se de forma desproporcional; deixou de correr uma semana? Comece de onde estava a um mes

Boa Sorte... até...

É só isso Não tem mais jeito Acabou, boa sorte Não tenho o que dizer São só palavras E o que eu sinto Não mudará Tudo o que quer me dar É demais É pesado Não há paz Tudo o que quer de mim Irreais Expectativas Desleais That?s it There is no way It's over, Good luck I have nothing left to say It?s only words And what l feel Won?t change Tudo o que quer me dar /Everything you want to give me É demais / It's too much É pesado / It's heavy Não há paz / There is no peace Tudo o que quer de mim / All you want from me Irreais/ isn't real Expectativas / Expectations Desleais Mesmo, se segure Quero que se cure Dessa pessoa Que o aconselha Há um desencontro Veja por esse ponto Há tantas pessoas especiais Now even if you hold yourself I want you to get cured From this person Who poisoned you There is a disconnection See through this point of view There are so many special people in the world So many special people in the world in the world All you want All you want Tudo o que quer

O Lápis.

As arvores do jardim interno estavam bem próximas das janelas. Por entre as sendas de suas copas, os raios do sol juntamente com o sopro da manhã, iluminavam todo o nosso interior. Os elementos naturais que transpunham aquela espécie de portal exigiam uma certa sensibilidade para percebe-los. O dia iniciava como todos os outros, a sala de aula aos poucos era preenchida com seus ocupantes diários, cada um se posicionando como de costume. Mas algo estava para acontecer de forma significativa ao meu lado. Aquele colega que pouco recebia atenção, começou um pequeno ritual: abriu sua mochila e tirou seu caderno de folhas brancas, depois seu estojo, com todo cuidado guardou o restante de suas coisas embaixo de sua carteira, se voltou para o estojo, de forma organizada, tirou o apontador, o estilete e o Lápis. Aquele Lápis; me surpreendi, parecia um lápis de pedreiro, era rústico, parecia desajeitado, era grande, com uma ponta larga que certamente não facilitava a escrita, com certeza após al

O Beijo

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No inicio estava só. A praça era minha, era o destaque no frontão do saber, seu legitimo representante: “o intelectual”, aquele que domina e age pela razão. Não sei como aconteceu, acho que foi naquele bucólico entardecer, quando o sol se põe de forma lenta e discreto,  prorrogando ao máximo sua partida. Os pássaros estavam em festa, anunciavam o jubilo de mais uma tarde única. Tudo agradava: os cruzamentos que circundavam a nossa praça pareciam mais harmoniosos; as arvores conversavam entre si, animadas pela brisa que as provocava, os prédios formavam, entre o nosso cantinho, um vale intimo. Era final de tarde, envolvida pelo silencio, marcando a pausa, todos se moviam com lentidão, imperava o sossego, a paz tomava conta daquela praça, jamais houvera um momento como este. Estava distraído quando ele apareceu, era alto, esguio, impávido, seu semblante era terno, calmo, inspirava confiança, parecia se prender no horizonte como se esperasse o inicio de algo grandioso, pacientemente esp

As alturas.

Reinava um silêncio quase que absoluto na sala, todos estavam apreensivos por ter que enfrentar aquela aula, a fama do Mestre não era das melhores, somente uma minoria angustiou uma experiência de aula com ele, no fundo sabiam que teriam que tolerar mais um semestre. Não tardou para que as manifestações começassem. - Alguém pode me explicar de forma detalhada o porque temos que nos submeter a este tipo de situação? - Calma! Você esta se alterando novamente, vamos saber o motivo quando começar. – Ponderou seu colega ao lado sem se voltar a ele. Estava cansado daquelas manifestações, por mais que tentasse não conseguia se render a tais determinações. - Calma? Que calma? Eu sou um Sabiá você um Pintassilgo, não temos que ter aula com o Urubu, eles forçaram esta disciplina para nós, o ele que ele pode nos ensinar? A como destrinchar uma carcaça? - A Dona Coruja acha que temos que ter diversos representantes do saber, quem você acha que é, para julgar o que é bom ou ruim para nós? Sou um Ro

Ó Ideal,

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que estás no meu céu interior, verdade viva que faz minha alma imortal, para que tua tendência evolutiva seja realizada, para que teu nome se afirme pelo trabalho, para que tua revelação seja manifestada a cada espetáculo, a cada espetáculo concede-me a idéia criadora, que assim como ela está entendida no meu coração seja entendida no meu corpo. Ó Ideal, preserva-me dos reflexos da matéria, que eu compreenda que o sofrimento benfeitor está na origem da minha encarnação. Livra-me do desespero e que teu nome seja santificado pela minha coragem na prova. Ó Ideal, faze com que eu não diferencie o fracasso do sucesso. E perdoa a minha dificuldade de comunicação, assim como eu perdôo os que não tem ouvidos de ouvir nem olhos de ver. Ó Ideal, destrói meu orgulho, que poderia afastar-me da tua luz-guia, nutre meu devotamento, porque és, Ó Ideal, a realeza, o equilíbrio, a força da minha intuição Plinio Marcos

O Fundão

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Em boa parte de minha infância o meu “quintal” foi a praia, esta presente em mim o fascínio pelo mar, mas não era só o mar era o conjunto: o vento, o aroma, a areia, o sol, o colorido, o encontro das águas; são tantos os elementos entretanto todos se fundem no mar. Ao chegar a praia e prestes a começar a corrida em sua direção, era inevitável ouvir a expressão: “não vai no fundão”, eu não escutava. Fundão? porque não fundo, porque não dizer: fique no rasinho? creio que era para atemorizar, “não vá no Fundão” pode parecer mais apavorante e talvez (pensava eu) era essa a idéia, quem sabe no susto ou no provocar o medo, o efeito seria o de coibir qualquer tipo de iniciativa. Esta frase parece que passava por mim, e se algo dela ficasse aderente, tinha como resultado justamente o contrario, eu queria sentir o fundão, parece que lá encontrava “a contradição pesado/leve como a mais misteriosa e mais ambígua de todas as contradições”, sentia o flutuar, o limite, a força do instinto de se alto